Choque de realidade

Depois de eras sem postar nada, lah vai um texto não muito bom, mas talvez reflita um assunto que vários de nós já sofremos, em alguns casos repetidas vezes. Gostaria de ouvir comentários que acrescentem à minha idéia. Dedico o título deste post à minha amiga Carulina Machado, pelos inúmeros choques de realidade que ela me dah de vez em quando, apesar de nem sempre serem eficientes e eu continuar em um mundo alternativo, onde eu posso tudo...


Choque de realidade

Muitas vezes o nosso coração se depara com sentimentos que são difíceis de serem decifrados. Existe uma dúvida constante sobre o que realmente é amar e incontáveis obstáculos que impedem esse sentimento de florescer. A distância que afasta corações apaixonados é um desses obstáculos, mas a proximidade também se revela, ocasionalmente, uma barreira intransponível.

É fácil amar um amigo. Se somos amigos é porque temos muitas coisas em comum. O problema é quando essa amizade em preto e branco vai se colorindo aos poucos, tornando os sentimentos mais intensos, mais concretos, mais cautelosos e menos coerentes. Nasce então uma dúvida: devemos arriscar a amizade construída ou evoluir o sentimento a um nível mais íntimo? Será que uma amizade pode ser tornar um amor?

Um fato é que para se alcançar um amor normalmente tem que sofrer antes. Não conheço nenhuma história de amor que antes não tenha passado por tribulações. Quando se ama um amigo, se ama em silêncio por medo de ser apenas uma confusão. Não diferenciamos os atos, os gestos, simplesmente não dá pra saber se é recíproco ou não.

Antes de arriscar perder essa amizade, o melhor é tentar aprisionar esse amor no calabouço do nosso coração, julgar as atitudes que ele nos desafia a fazer e condená-lo a um tratamento de choque de realidade, para que nossa consciência funcione mais racionalmente. Colocamos mais tijolos no muro que separa o que queremos do que podemos alcançar. Depois disso, o prisioneiro se dissolve em ilusão e, ilusões simplesmente não existem. Se o sentimento é grande e forte demais para ser aprisionado, talvez valha pena liberar e conferir se existe reciprocidade.

Em caso afirmativo você ganha um amor, em caso negativo você perde esse amor e, provavelmente, também perde o amigo.
No fim, você descobre que a amizade também é uma forma de amar, menos avassaladora, porém mais segura.